A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) participou nesta quinta-feira (04) de audiência pública com o Ministério da Saúde e a AgSUS, Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde, que apresentaram um modelo de atendimento médico para caminhoneiros em Pontos de Parada e Descanso (PPDs). Segundo o governo, a ideia é de que pelo menos um médico, um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem prestem serviços de saúde em unidades móveis, como vans por exemplo, equipadas com materiais, medicamentos, vacinas e testes rápidos para atendimento aos transportadores no momento de pausa e descanso em PPDs.
Serviços de saúde
Serão oferecidas consultas médicas e de enfermagem, com disponibilização de medicamentos e curativos, imunização com vacinas, testes rápidos para detecção de infecções sexualmente transmissíveis e orientações sobre tratamento e prevenção a essas infecções, aferição de sinais vitais, exames de eletrocardiograma e laboratoriais. O projeto deve começar nos PPDs de Pindamonhangaba (SP), Uruaçu (GO), Novo Progresso (PA), Itatiaia (RJ) e Ubaporanga (MG). O próximo passo agora será o credenciamento dos prestadores de serviços interessados, o que deve ocorrer nas próximas semanas, segundo o governo.
Contribuições da CNTA
A CNTA sugeriu que os dados de cada atendimento sejam integrados em uma plataforma de comum acesso entre os prestadores deste serviço, para que profissionais de saúde que atenderem o caminhoneiro posteriormente possam ter conhecimento sobre como foram os atendimentos já prestados ao transportador e realizar uma assistência continuada. A confederação também pediu para que os atendimentos sejam realizados a partir do fim da tarde e à noite, horários em que os caminhoneiros costumam descansar nos PPDs. A CNTA solicitou ainda ampla divulgação dos serviços prestados e dos locais contemplados com antecedência para que o caminhoneiro possa se programar.
Reconhecimento da CNTA
O coordenador de Atenção à Saúde do Homem, do Ministério da Saúde, Celmário Brandão, reconheceu as contribuições da CNTA em defesa da categoria. “A gente vem dialogando desde o início do nosso governo com a CNTA e com base nesse diálogo que o ministério tomou essa iniciativa de propor esse modelo de serviço. Em nome da CNTA que se faz aqui presente, eu gostaria de saudar e agradecer toda a colaboração que as entidades vêm fazendo nessa construção. A gente está sempre junto da CNTA e outras confederações para o debate e qualificação dessas propostas”, afirmou Celmário.
A CNTA mantém o diálogo com o Ministério da Saúde para acompanhar o andamento da proposta e irá divulgar mais detalhes quando o início dos atendimentos for anunciado.